O Instituto dos Arquitetos do Brasil -seção Ceará (IAB/CE) aponta como alternativas para a ordenação e recuperação do Centro, a criação de um Centro Comercial Popular e a organização de concurso público nacional de projetos para o local. No entender do presidente da entidade, Custódio Santos, é no próprio bairro, onde existem vários imóveis desativados ou subutilzados como estacionamentos que poderiam ser desapropriados para o centro comercial.Para Custódio, a ocupação dos espaços públicos não resolverá o problema dos camelôs, nem a demanda crescente de oportunidade de emprego formal e menos ainda melhoraria a renda de parte da população. “É preciso muito mais e de forma articulada”.
Na sua reflexão, é nos espaços públicos que se dá a essência da vida urbana. Este espaço representa realmente o oposto do espaço privado, individual, próprio, portanto um espaço de todos. Neste espaço devem acontecer todas as manifestações coletivas, como festas religiosas, artísticas e atos políticos, ou simplesmente os encontros, passeios ou lazer da população. Cada espaço público na cidade tem sua característica e uso próprios, e parte da população se utiliza de forma diversa deste espaço.Diante desta importância, vital para a vida citadina, reafirma ele, uma pequena parte da população, no caso os camelôs, não pode se “apropriar” destes espaços “coletivos” para resolver os seus problemas de falta de emprego ou outras questões econômicas.
Ele diz reconhecer como justa as reivindicações destes por espaços para a comercialização dos seus produtos, mas o poder público municipal, após reconhecer a demanda desta população e conhecer as reais condições destes como verdadeiros camelôs, deve procurar soluções criativas e inteligentes, adquirindo áreas para locá-los de forma planejada e organizada.
Matéria do jornal Diario do Nordeste. Direitos autorais preservados.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
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