Para o engenheiro civil Renato Parente, um dos apoiadores da proposta, transferir a areia da dragagem do Porto do Mucuripe para o engordamento da praia é viável, ‘‘desde que se faça uma cobertura do aterro com areia mais grossa, já que a areia que será retirada do porto tem menor granulação e poderia provocar a formação de dunas com a ação do vento e inviabilizar o uso da área pelos banhistas’’. Ele garante, no entanto, que estes cuidados tornam a obra viável e benéfica.
Segundo o engenheiro, o processo se daria da seguinte forma: os navios que farão a dragagem do Porto do Mucuripe se deslocariam, carregados de água e areia, para o ponto onde será feito o aumento da faixa de praia. As dragas serão conectadas a uma tubulação que jogará a areia e formará essa ampliação.Como a idéia é aproveitar a areia que já será retirada por conta do aprofundamento do acesso ao porto, Renato Parente assegura que o custo da obra não seria alto.
‘‘Em princípio, a areia retirada da dragagem será jogada em alto mar. Quem ganhar a licitação para realizar essa obra só poderá descarregar a areia depois do canal de acesso da Indústria Naval do Ceará (Inace), para que não a areia não impeça o acesso dos navios. Mas se, com essa areia, for feito o engordamento da Beira-Mar, a distância que os navios vão percorrer será menor. Acredito que fazer o transporte da areia dragada para esse projeto diminuiria em três vezes os custos. Acabaria se tornando um benefício para todos’’, defende.
Reportagem especial de Karoline Viana, publicada no Jornal Diário do Nordeste, de hoje. Direitos autorais preservados.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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