A Prefeitura Municipal de Fortaleza, declarou que quer utilizar parte da areia da dragagem do Porto do Mucuripe para fazer um aterramento das praias da avenida Beira Mar. O Município, no entanto, não tomou as providências necessárias para a transferência de material, mesmo com a licitação para a obra de aprofundamento do porto já aberta pela Companhia Docas do Ceará (CDC) e o prazo para o recebimento das propostas marcado para 3 de março. Ainda não foi apresentado projeto com previsão de estudos técnicos, recursos ou licenciamentos ambientais para o uso da areia.
O aproveitamento do material foi tema de audiência no Ministério Público Federal ontem. De acordo com o procurador da República Alessander Sales, o aproveitamento do material é discutido entre Prefeitura e Docas desde 2007, mas houve um “descompasso” de ações. “A Docas fez tudo o que devia fazer, e a Prefeitura de Fortaleza dormiu no ponto”.
Uma nova reunião foi agendada para o dia 26 de fevereiro, já que o representante enviado pela Prefeitura, o consultor da Coordenação de Gestão de Projetos Especiais, Fábio Perdigão, era responsável apenas por dar informações técnicas sobre o aterramento. Segundo ele, o projeto está inserido na reurbanização da beira-mar e prevê que a praia seja aterrada da avenida Rui Barbosa até o Clube Náutico, com 100 metros de largura. Para isso, serão necessários cerca de um milhão de metros cúbicos (m³) de areia. O material do porto chegará a seis milhões mas boa parte dele pode não estar própria para uso por conta de contaminação por óleo ou petróleo.
Matéria do Jornal O POVO, na data de hoje. Reprodução unicamente para divulgação. Direitos autorais preservados.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
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