Se o Centro não representa mais Fortaleza, por meio dele, no entanto, é possível se tirar um diagnóstico da cidade, seu crescimento urbano, sua história, sua memória e seu movimento. Ele é elegante e miserável, é um espaço de disputas. É lugar de praças e de ausência de calçadas. É concentrado em uma região, abandonado em outras.
O Centro é uma célula para onde os olhos clínicos da cidade têm cada vez mais se voltado e tentado entender esse fenômeno. O Centro concentra as diversas temporalidades. Para alguns, ele já foi bom, hoje está perdido. Outros apostam no futuro, ele será melhor. No meio termo, encontram-se aqueles que enfatizam:
“O Centro é...”. Assim mesmo, e daí cada um, a seu jeito, encontra complemento da frase. Pode ser lugar de compras, de trabalho, de descanso, de festas, de moradia. Aposta-se também no lazer, no ócio, no passeio, no terço, na criação ou fruição de arte, na alimentação. Lá, dá para assistir a um filme pornô e descolar uma transa ou, sem muito esforço, buscar uma prostituta e seguir para um motel. O Centro traz um roteiro múltiplo. Mesmo repetido, ele apresenta sempre uma história nova.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
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