A transferência dos permissionários do atual local para fábrica Thomaz Pompeu ainda é motivo de muita polêmicaA Prefeitura de Fortaleza, através da sua Secretaria Especial do Centro da cidade, vem realizando, ontem e hoje, no auditório do Metrofor, uma série de reuniões com os permissionários do Beco da Poeira, acerca da transferência do local para a antiga fábrica Thomaz Pompeu, que fica na Avenida Tristão Gonçalves.
A intenção é apresentar o projeto arquitetônico e ouvir as contribuições dos permissionários sobre as alterações estruturais que venham a ser feitas.A questão envolve muitas polêmicas. De um lado, os permissionários — que ganharam o apoio de deputados estaduais como Tânia Gurgel, Adahil Barreto e do suplente Delegado Cavalcante — rejeitam a transferência para a fábrica e preferem ir para o prédio chamado esqueleto, cuja obra foi embargada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam). De outro, a Prefeitura de Fortaleza alega que, a partir de um convênio com o Governo do Estado, precisa liberar o local do atual Beco da Poeira para a construção da Estação Lagoinha, do Metrofor.
“Estamos abertos ao diálogo, convocando os permissionários, em grupos de 150, para apresentar o projeto arquitetônico e discutir detalhes”, explicou a secretária executiva do Centro, Luíza Perdigão, que está comandando diretamente as reuniões. Luíza Perdigão informou, ainda, que a transferência dos permissionários para a fábrica deve acontecer até o fim do próximo mês. Conforme ela, para o local irão os 2.050 permissionários, além de 69 que estão no Terminal Rodoviário João Thomé. “Nós estamos conversando com todos para que a transferência aconteça da forma mais tranqüila possível”. Enquanto aconteciam as reuniões, no lado de fora do auditório os permissionários se aglomeravam, protestando em carro de som contra a transferência para o prédio da fábrica Thomaz Pompeu.Conforme a Associação Profissional do Comércio de Vendedores Ambulantes e Trabalhadores Autônomos (Aprovace), a Prefeitura está querendo impor a transferência dos boxes para a fábrica Thomaz Pompeu, quando existe o prédio do “esqueleto”, construído pelos próprios permissionários. Cada permissionário pagou R$ 2.700,00 para ir para o prédio do esqueleto, cuja construção até hoje não foi finalizada.A deputada Tânia Gurgel deu entrada, ontem, a um pedido de investigação ao Tribunal de Contas do Município (TCM) sobre o novo Beco da Poeira, alegando haver pontos questionáveis no projeto da antiga fábrica, entregue pela PMF. Entre eles, estaria o fato da gestão municipal ter optado pela dispensa de licitação para a obra, sob a justificativa de que a conclusão mais rápida da mesma facilitaria a continuidade das intervenções no Metrofor. O Diário do Nordeste procurou o TCM, que informou que, como o pedido de investigação fora feito apenas ontem, uma sexta-feira, um parecer sobre a questão só poderá ser divulgado na próxima semana.
Reportagem da Jornalista Paola Vasconcelos. Para o jornal Diário do Nordeste.
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