Será uma boa briga: de um lado, o governador Cid Gomes e seu argumento de que é preciso atrair para o Ceará grandes projetos que, além de criarem muitos novos empregos, contribuam para melhorar o perfil econômico e social do Estado; do outro lado, a representação local do Ministério Público Federal, autoridades da Prefeitura de Fortaleza e os meninos do surfe do Titanzinho e do Serviluz, dois dos mais paupérrimos bairros desta capital. No centro da questão, a localização de um projeto industrial de grande porte - o Estaleiro Promar Ceará.
Do lado dos surfistas - alguns dos quais ajudaram a divulgar mundo afora, onde se tornaram campeões, as potencialidades turísticas do Ceará - estão importantes ecologistas, na opinião dos quais o empreendimento causará impacto ambiental de grande monta. Embate semelhante, mobilizando quase os mesmos atores, prossegue em relação aos outros grandes projetos estruturantes do Ceará: a refinaria de petróleo e a siderúrgica, ambos em Pecém, cujas terras, na ótica da Funai, do Ministério Público Federal, de entidades ambientalistas e de políticos ligados a elas, pertenceriam à comunidade indígena Anacé.
Em Pernambuco, e no espaço de apenas três anos, instalou-se na praia de Ipojuca o maior estaleiro da América Latina, ao mesmo tempo em que se constroem no Complexo de Suape uma refinaria de petróleo e um polo petroquímico. Por quê?
Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste
sábado, 30 de janeiro de 2010
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