segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Tietê, um rio: muitos problemas


A preservação das várzeas do Tietê é a carta na manga da administração estadual para o problema das enchentes que, nestas primeiras semanas de 2010, afogam bairros de cidades da Grande São Paulo. O Parque Linear Várzeas do Tietê foi anunciado em julho de 2009 com propaganda na proporção do tamanho que ele pretende ter. Pelo projeto, a unidade terá 75 quilômetros de extensão e 107 quilômetros quadrados de área. Além da desafetação de áreas hoje ocupadas irregularmente, estão previstos para serem construídos 33 núcleos de lazer e recreação, ciclovia com 230 quilômetros e uma via pavimentada que ligará todos os núcleos.

Como compensação da obra de duplicação da Marginal Tietê, também está previsto o plantio de 63 mil árvores ao longo de seu traçado, que vai da região Leste de São Paulo até a cidade de Salesópolis (96 km da capital). O custo total do projeto é de 1,7 bilhão e seu término está previsto para 2016. A mensagem de que “a principal função desse parque é proteger o rio e funcionar como um regulador de enchentes”, como afirmou o governador José Serra durante lançamento da obra, tem sido repetida pelos governos locais como forma de alento aos moradores de regiões de várzea quem têm vivido debaixo d água por esses dias.

Apesar da propaganda, pouco se sabe da implantação do parque. Cerca de 280 famílias que ocupavam áreas de várzea, com as enchentes recorrentes, já foram transferidas para unidades populares de habitação, mas ouros detalhes do projeto ainda continuam uma incógnita. Os entraves tmbém já começaram a aparecer. Na última terça-feira (12), a Defensoria Pública do Estado entrou com ação na Justiça pedindo a suspenção das demolições das casas e a retirada de famílias das áreas alagadas. Não há prazo para julgamento da ação.
Fábrica instalada na margem direita do rio, na região de Guarulhos, é investigada por aterramento ilegal da varzea do rio. Margem esquerda já está complemante tomada. Fonte O ECO

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