O que se passou e passa no Litoral Sul do Rio de Janeiro e ainda se passa na capital e em cidades do interior de S. Paulo, deve servir de alerta às autoridades cearenses. Se a estação de chuvas deste 2010 for intensa aqui no Ceará, há a possibilidade de que se repitam na serra de Baturité, principalmente na sede municipal da pequena Guaramiranga, a tragédia de Angra dos Reis e da Ilha Grande.
Se alguém duvida, suba aquela montanha e testemunhe o que nela se faz. E o que lá se faz é o mesmo que se fez no Sudeste: derruba-se a mata, desnuda-se a encosta, aplaina-se o terreno e constrói-se a boa casa de alvenaria, com jardim e piscina. A qualquer momento, a natureza encharcada, deslizando de cima para baixo, sem aviso prévio, vai querer de volta o que lhe foi tomado.
Aqui mesmo em Fortaleza, na beira dos rios Maranguapinho e Cocó, onde o Poder Público só agora começa a agir, centenas de casebres habitados por famílias paupérrimas e construídos à revelia da Lei, compõem a crônica de uma tragédia anunciada. O Ibama, a Semace, a Defesa Civil, a Polícia e as respectivas prefeituras municipais serão responsabilizados pelo que, por causa das chuvas, vier a ocorrer nos municípios da Serra de Baturité e nas margens dos rios de Fortaleza, cujas áreas foram e permanecem ainda irregularmente ocupadas.
Fonte: Coluna Egidio Serpa/ Diário do Nordeste
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
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