Surpresa. Assim se refere ao tamanho do projeto do estaleiro o arquiteto e ambientalista José Sales Costa Filho: "Causa surpresa a construção de um empreendimento desse tamanho em um local onde ele não cabe"."Estamos falando de um bairro há muito esquecido pelas autoridades de qualquer qualificação urbana e de uma hora para outra esquece-se de tudo isso, que ele tem outras demandas, configurando-o com uma situação de industrialização", lamenta José Sales.
Antes de mais nada, argumenta o especialista, é preciso se pensar na população: "O que vai acontecer com as cerca de 40 mil pessoas que vivem no local? Essa situação é benéfica? Elas querem isso? É complicado criar uma proposta dessa dimensão, afirmar que é a melhor e querer que a população aceite".
Além dos impactos sociais, José Sales alerta para os impactos ambientais, que na sua opinião ainda são incomensuráveis: "Ainda não se sabe o que vai acontecer. É um projeto muito grande, mas ainda não passa de algo no computador, que pode ser colocado em qualquer lugar. No entanto, o que se sabe é que essa proposta vai criar um grande aterro hidráulico sobre o mar". Segundo o especialista, há muito se reclama de qualificação da cidade para atender o turismo. "Porém, a construção de um empreendimento industrial nesse local vai na contramão da tendência natural para o turismo. É muito grande, está fora da escala urbana", dispara o especialista.
Fonte: Negócios/ Diário do Nordeste.
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