As comunidades que moram no entorno do Rio Cocó devem passar nos próximos três anos por profundas transformações, que incluem a dragagem de 15,8 quilômetros do leito do rio, além de construção de rede de saneamento, transferência de famílias e urbanização.
Ontem, em audiência pública para discutir o Projeto Cocó, realizada pela Secretaria das Cidades e Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), a polêmica foi a transferência das famílias que moram nas áreas de risco.O motivo da audiência, conforme a coordenadora de Desenvolvimento Urbano da Secretaria das Cidades, Arquiteta Lana Aguiar de Araújo, é justamente apresentar para a sociedade o projeto, cujo estudo de impacto ambiental e relatório (EIA-Rima) devem ser avaliados em reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).
“É um projeto ousado, realizado de forma integrada pelos governos municipal, estadual e federal, que vai fazer modificações no entorno do rio da sua foz até a perimetral e deve ser desenvolvido durante os próximos três anos”, disse.Ao todo, o projeto prevê a retirada de duas mil famílias, sendo que cerca de seis mil devem continuar morando nas áreas que serão urbanizadas. “O governo quer criar áreas verdes e de lazer para que a população possa usufruir . A intenção, a partir do posicionamento do Coema, é iniciar as obras após o inverno, aproximadamente no mês de julho do próximo ano. Como são muitas mudanças, o projeto deve ser amplamente discutido”, informou a coordenadora.
A retirada das famílias dessas áreas de risco, marcadas sempre por alagamentos, perdas e outros problemas durante as chuvas, é uma reivindicação dos últimos 20 anos dessas comunidades. Entretanto, apesar dos inúmeros problemas, há muita resistência de moradores das áreas em sair do local.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
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