Nasceu e prospera a rebelião de um grupo de arquitetos contra o que denominam ´bombas relógio´ instaladas e já acionadas dentro do texto do novo Plano Diretor de Fortaleza, em fase de discussão. O grupo repudia, radicalmente, a idéia de criação das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) em áreas do centro urbano desta Capital, incluindo a Praia de Iracema junto com o Centro Cultural Dragão do Mar.
O protesto dos arquitetos tem vários motivos, o primeiro dos quais é ´a pretensa consultoria´ de uma empresa com sede em São Paulo — três mil quilômetros ao Sul de Fortaleza, a Piratininga Arquitetos, contratada para assessorar na elaboração do plano. Os arquitetos José Sales e Mário Roque, que integram a facção protestante, expõem sua posição.
Para eles, essa proposta ´resulta de uma profunda ignorância de urbanismo, de uma profunda ignorância de Fortaleza, temperado por uma ausência de atualização profissional em termos técnicos e doutrinários relativamente às possíveis soluções contemporâneas para as zonas centrais. Podemos também acrescer uma óbvia omissão dos arquitetos desta cidade relativamente à discussão dos caminhos para o centro.
Esta proposta é mais uma sandice de quem está lixando-se para a cidade e que mostra como Fortaleza está desprovida de Planejamento Urbano há quase 30 anos, desde o desmonte do IPLAM e do Forum Adolfo Herbster´.
Camelódromo
Se vingar o que está proposto no novo Plano Diretor de Fortaleza, toda a Rua José Avelino, no coração da cidade, será transformado em um ´Camelódromo 24 horas´, para abrigar os feirantes que hoje vendem de tudo nas Praças da Sé, Pedro II e Avenida Alberto Nepomuceno.
Coluna EGIDIO SERPA do Jornal DIARIO DO NORDESTE, de hoje 16/12/2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
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