sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A Carta de Pero Vaz de Caminha


Uma releitura da Carta de Pero Vaz de Caminha foi o "estalo" que nos levou a propor. insistente e obstinadamente, à Administração Municipal, a realização do Inventário Ambiental de Fortaleza e a inspiração para sua concepção:

“Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais vimos contra o sul, até a outra ponta que vem contra o norte, de que nós deste porto houvemos a vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas, por costa. Traz ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas e delas brancas, e a terra por cima toda chã e muito cheia de arvoredos, de ponta a ponta é toda praia plana muito chã e muito formosa.Sobre o sertão, nos parece, do mar muito grande porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredo, que nos parecia mui longa terra”

Nela até agora, não podemos saber que haja ouro, nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem ferro lho vimos. Mas a terra em si, é de muitos bons ares, frios e temperados como dos Entre – Doiro e Minho, porque neste tempo de agora, assim os achávamos, como os de lá. Águas são muitas, infinitas. E em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitas, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem.”

Da Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei Dom Manuel sobre o Achamento do Brasil.

Imagem da Lagoa da Precabura, a maior zona alagável do Município de Fortaleza, em seus limites com Eusébio e Aquiraz. Fotografia de Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

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