As bacias hidrográficas foram adotadas como os elementos de integração dos estudos realizados pelo Inventário Ambiental de Fortaleza, já que definem os vínculo geográficos entre os espaços do território municipal. Ou seja: as mesmas podem ser entendidas não só com os cursos d’água que as compõem, mas como também elementos da paisagem física e nelas estão registrados resultados da interação economica e social, que expressam o desenho de estruturação da cidade nas várias épocas de sua história.
Desde os primórdios da ocupação, no Século XVII, com os colonizadores portugueses, seguidos pela breve ocupação holandesa, mas que marcou em definitivamente a localização de nossa cidade na planície litorânea, até o presente quando as formas de ocupação são mais intensas e as alterações mais definitivas.
As quatro bacias hidrográficas em nosso município - Maranguapinho/ Ceará, Vertente Marítima, Cocó e Pacoti - foram analisadas em detalhe, de forma a possibilitar o conhecimento de suas características físicas e situações atuais, levando-se em conta, principalmente, os impactos causados pelas intervenções e adensamentos urbanos em suas respectivas áreas, resultantes de intervenções públicas e privadas, de várias ordens e em várias escalas.
Os registros são diversos e envolvem os primeiros desenhos de organização do território municipal, as pioneiras tentativas de ordenamento e estruturação urbana, as soluções licenciadas de intervenção urbana e edificações, as ocupações de áreas de fragilidade ambiental e risco, a consolidação do sistema viário, sempre convalidada pela ação municipal, a atual ausencia de critérios de planejamento urbano, na maior parte das cirunstâncias, que resultam na falência do controle urbano, nesta cidade que é a quarta concentração urbana brasileira.
Imagem do Rio Maranguapinho, nas imediações da Av. Genibaú. O espaço público configurado pela Av. Genibaú e as ocupações indevidas em ambas as margens do curso d'água. Direitos autorais reservados.
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