terça-feira, 11 de setembro de 2007

O Riacho Pajeú


O Riacho Pajeú, principal elemento macrodrenante de uma das principais sub bacias, da Bacia da Vertente Litorânea, apesar do todo o seu valor histórico, encontra-se bastante comprometido por canalização, soterramento, contribuições ilegais de esgotos sanitários e desvio de seu curso original.

Intensamente degradado, apresenta vários problemas de poluição que comprometem, conseqüentemente, a drenagem. Sua nascente, hoje aterrada, está provavelmente localizada nas imediações das Ruas Silva Paulet, José Vilar, Bárbara de Alencar e Dona Alexandrina. Com aproximadamente cinco km de extensão, o recurso deságua na Praia Formosa.

A proposta original de sua transformação em um parque linear urbano, de 1979, feita pelo IPLAM/ Instituto de Planejamento Municipal. que resgataria não só seu significativo percurso urbano, desde bairro da Aldeota ao Centro e daí até à Orla Marítima Central, como seu valor referencial como um dos mais significativos elementos do patrimonio histórico e paisagístico de nossa cidade, como primeiro curso d'água utilizado no contexto urbano, que possibilitou a consolidação de Fortaleza, em meados do Século XVII, na época de dominação holandesa, nunca foi implantada em sua integridade.

Só dois pequenos trechos estão implantados, com certa qualidade: o primeiro nos fundos de quadra do Paço Municipal do Palácio do Bispo, na Rua São José e o segundo junto a Rua Pinto Madeira e Av. Dom Manuel, hoje denominado de Parque das Esculturas. Um terceiro trecho, aos fundos de quadra do Mercado Central de Fortaleza carece de qualidade propositiva e tratamento paisgístico.

Imagem do Riacho Pajeú, antigo Rio Marajaik, na época da ocupação holandesa, no Século XVII, posterior Rio Ipojuca, posterior Rio da Telha e Rio Pajeú, canalizado, maltratado e comprometido nos fundos de lotes da Rua General Sampaio. Fotografia de Daniel Roman. Direitos autorais reservados.

Um comentário:

Lavoisier disse...

Gerações vem, vão, e desconhecem que sob os pés de sua indiferênça clama um grito cada vez mais fraco e talvéz já sepultado do pajeú.
Lavoisier Rodrigues