quarta-feira, 24 de junho de 2009

Empreguismo e troca de favores na equipe de Luizianne Lins

A jornalista Adísia Sá analisa, nesta terça-feira, em artigo no O POVO, a nova equipe da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT). Sem muitas expectativas, pois vê nesse cenário muita troca de favores e empreguismo. Confira:

Após o preenchimento dos cargos do primeiro escalão – quase 40, ao todo- eis que a prefeita Luizianne convoca os “apoiadores” para a escolha do chamado segundo time. Meu Deus do céu: Fortaleza passa a contar com mais gente ocupando posição do que funcionário trabalhando. E não estou falando, convém frisar, nos auxiliares desse pessoal, isto é, os que serão chamados para formar gabinetes, chefias, sub chefias de cada pasta. E tem mais: serão pessoas marcadas, não pela competência (há exceções, claro) mas pelos acordos partidários.

Uma cadeia de nomeações, de empreguismo, de troca de favores. Sim, troca de favores ou apoios – cada partido (e quantos são, heim?) quer o seu quinhão. Afinal, colaboraram para a eleição da prefeita e mantém seu poder de fogo na Câmara Municipal.

Quem leu o pronunciamento de alguns “líderes” partidários deve ter corado de vergonha: “meu partido tem três vereadores. Merece coisa melhor.” Coisa melhor seria, na minha opinião, trabalhar por Fortaleza e não para os seus interesses particulares e eleitorais.

E por falar em interesse eleitorais, não posso deixar de dizer que há corrupção a olho nu, nesta “troca-de-favores”.”Troca de favores”, como recompensa ou seja, postos na administração.Isto não seria a mesma coisa que é feita, não só no interior, como em Fortaleza ou seja, vote em mim e receba um “trabalhinho “ na Prefeitura… me dê o seu voto e garanta um “lugarzinho no meu gabinete”?

Enquanto isto Fortaleza cai aos pedaços “enrolada” no slogan – operação tapa buraco. A cidade não está precisando de tapa buraco e sim de asfalto. Tapa buraco é remendo… é corrupção… é dinheiro escorrendo pelo ralo.

Se o mundo político não está reagindo, que venha ao encontro da Imprensa – que denuncia – o empresariado fortalezense em defesa de sua cidade e de seus impostos. Cidade suja, esburacada significa menos negócio, menos dinheiro. E sem negócio, sem dinheiro, o empresariado também é engolido pelos buracos.

ADÍSIA SÁ - Jornalista adisia@opovo.com.br

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