Nota recebida de um diplomata de importante embaixada brasileira na Europa pelo ex-Blog do César Maia.
"Há uma perplexidade geral nos maiores países europeus com a xenofobia carioca. Primeiro, proibiram o Guggenheim (aliás, sucesso como âncora revitalizadora de Bilbao). Na mesma decisão, o projeto do consagrado arquiteto francês, Jean Nouvel, com obras de grande destaque na Europa, foi impedido. O Cirque du Soleil havia decidido ter uma base permanente no Rio. A demora e o desinteresse da empresa portuária foi de tal ordem que desistiram. Agora, com a crise econômica, será difícil convencê-los.
Então veio o caso da Cidade da Música, criando enorme constrangimento para o maior arquiteto de salas de concerto e ópera do mundo todo, Christian de Portzamparc, com obras consagradas, como a Cité de la musique, em Paris, e La Philharmonie Luxembourg, a mais sofisticada do mundo, até a Cidade da Música do Rio, segundo ele.
Agora, li nos jornais que o IED/ Instituto Europeu de Design, matriz mundial do design, depois de um contrato assinado e obras em execução (pagas por ele), no abandonado Cassino da Urca, terá essas obras interrompidas porque a escola afetará o trânsito. Não haverá solução? Imagino esse critério aplicado ao Museu do Prado, ao Louvre, ao Metropolitan Museum, ao Coliseu de Roma, ao recém inaugurado Museu da Acrópole, em Atenas. Vai ser difícil, daqui para frente, convencer os investidores culturais estrangeiros aplicarem seus recursos no Rio e a grandes arquitetos mundiais aceitarem projetos no Rio. Triste para minha querida Cidade Maravilhosa."
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