A Semace identificou 36 fontes poluidoras chegando na orla de Fortaleza. Desse total, 33 são galerias pluviais que deveriam receber apenas água da chuva, mas carregam também esgoto para o mar, resultado de inúmeras ligações clandestinas. O levantamento da Semam contabiliza 81 só na região da Beira Mar. A foz do Rio Cocó também é fonte poluidora, assim como os riachos Maceió e Pajeú. Percorrendo a orla da cidade, da Barra do Ceará ao Caça e Pesca, a resposta para a poluição do mar é evidente.
Na periferia, esgotos a céu aberto encontram o mar. Lixões na beira da praia lembram que, mais uma vez, a população não ajuda. “A concentração da malha urbana de Fortaleza é muito maior que a de Natal. Todos os problemas - o lixo, as ligações clandestinas -, têm proporção maior”, diz Celso Veiga, diretor do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN).
Há seis meses, Ronaldo Diniz, coordenador do programa de balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte, fez uma pesquisa sobre a qualidade da água do mar das capitais nordestinas. Fortaleza já aparecia como a mais crítica. “Também temos ligações clandestinas para galerias pluviais, mas aí esse problema é mais grave. Estoura tudo na orla”, diz Ronaldo.
De reportagem do Jornal O POVO, de autoria da jornalista Mariana Toniatti.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
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