segunda-feira, 22 de junho de 2009

História da cidade se perde em pontos turísticos abandonados

O mês de julho se aproxima e, com ele, as férias escolares e mais um período de alta estação. Aos visitantes são apresentados os pontos turísticos que ajudam a contar a história da cidade, centros de compras ou apenas pontos de lazer. Mas alguns desses espaços estão em condições de descaso e abandono. Muitos esquecidos não pelo poder público, mas pelo próprio fortalezense.

Na Beira-Mar, cartão-postal dos mais tradicionais de Fortaleza, a movimentação é intensa principalmente à noite. Mas basta uma observação mais apurada para perceber que, nos canteiros, a falta de manutenção fez a vegetação crescer e se estender ao calçadão.

Não é essa a situação pior. A Estátua de Iracema — acompanhada de Martins Soares Moreno, do bebê Moacir e do fiel cão do português — está em processo de deterioração. A escadaria degradada é o mínimo. Há partes correspondentes ao corpo que já nem existem, como um ombro do herói europeu, uma das mãos da índia e toda a extensão do corpo da criança. É possível, assim, visualizar ferragens e todo o desgaste do concreto.

À frente do monumento, uma placa informa que a última restauração foi em 2006, nas comemorações de 280 anos de aniversário de Fortaleza. A estátua, inaugurada em 1965, é inspirada na obra Iracema, de José de Alencar, e elaborada pelo artista plástico pernambucano Corbiniano Lins.Na Messejana, uma outra Iracema — mais recente, de 2004 — também está em situação precária. Enquanto a Beira-Mar ainda é visitada por turistas, a de Messejana suscita bem menos olhares. Alguns moradores da região param para observar, se estiverem no entorno da lagoa, e há carros que param para os passageiros conhecerem o monumento. Mas para lá não vão ônibus de turistas.

Matéria da jornalista Marta Bruno para o Diário do Nordeste.

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