Até 1968, a Capital cearense contava com 66% de sua área coberta por vegetação. Em menos de 30 anos, esse percentual caiu para pouco mais de 7%, de acordo com o Inventário Ambiental Recursos Hídricos e Orla Marítima de Fortaleza. O número pode ser menor ainda, já que o estudo data de 2003. E aponta, também, a existência de 45 parques na cidade. Mas a Prefeitura reconhece oficialmente apenas nove.
O alerta é de ambientalistas e pesquisadores que participaram, na manhã de ontem, de audiência pública no auditório da Câmara Municipal. O evento faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente.O processo de degradação ambiental em Fortaleza é assustador, avalia o arquiteto e professor José Sales, um dos autores do inventário. De forma muita rápida, aponta, a cidade perde seus espaços verdes, devido às ocupações irregulares, aterramento e poluição de rios, açudes, lagoas e desmatamentos.
Para José Sales, coordenador do inventário, uma das saídas para reverter a grave situação seria a regulamentação das 45 áreas verdes observadas e relacionadas pelo estudo. Na sua avaliação, ninguém sabe os limites desses locais, não existe um plano de manejo. “Ninguém sabe o que pode ser feito e o que não pode, o que as coloca em risco constante”.
O descaso é tanto, frisa o vereador João Alfredo (Psol), que nenhum representante de órgãos ambientais, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) ou a Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace), compareceu ao evento. “É uma pena que isso aconteça, mas revela exatamente a falta de atenção para com as áreas verdes ou o que sobrou delas em Fortaleza”, lastima o parlamentar.
Para ambientalistas, uma alternativa seria a criação de unidades de conservação (UCs), áreas instituídas pelo poder público com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. Atualmente, existem apenas quatro UCs em Fortaleza: o Parque Ecológico do Rio Cocó, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Ceará, a APA de Sabiaguaba e o Parque Natural das Dunas da Sabiaguaba. As duas primeiras são municipais e as outras duas, estaduais. “O que é ainda muito pouco para uma cidade como a nossa, com mais verde que outras capitais como Curitiba”, avalia o representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/CE), Marcílio Bizarria.
Matéria da Jornalista Leda Gonçalves para o Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir. Imagem do Bosque e Pólo de Lazer da Sargento Hermínio, instituído em 1979. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia José Sales.
O alerta é de ambientalistas e pesquisadores que participaram, na manhã de ontem, de audiência pública no auditório da Câmara Municipal. O evento faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente.O processo de degradação ambiental em Fortaleza é assustador, avalia o arquiteto e professor José Sales, um dos autores do inventário. De forma muita rápida, aponta, a cidade perde seus espaços verdes, devido às ocupações irregulares, aterramento e poluição de rios, açudes, lagoas e desmatamentos.
Para José Sales, coordenador do inventário, uma das saídas para reverter a grave situação seria a regulamentação das 45 áreas verdes observadas e relacionadas pelo estudo. Na sua avaliação, ninguém sabe os limites desses locais, não existe um plano de manejo. “Ninguém sabe o que pode ser feito e o que não pode, o que as coloca em risco constante”.
O descaso é tanto, frisa o vereador João Alfredo (Psol), que nenhum representante de órgãos ambientais, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) ou a Superintendência Estadual de Meio Ambiente (Semace), compareceu ao evento. “É uma pena que isso aconteça, mas revela exatamente a falta de atenção para com as áreas verdes ou o que sobrou delas em Fortaleza”, lastima o parlamentar.
Para ambientalistas, uma alternativa seria a criação de unidades de conservação (UCs), áreas instituídas pelo poder público com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. Atualmente, existem apenas quatro UCs em Fortaleza: o Parque Ecológico do Rio Cocó, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Ceará, a APA de Sabiaguaba e o Parque Natural das Dunas da Sabiaguaba. As duas primeiras são municipais e as outras duas, estaduais. “O que é ainda muito pouco para uma cidade como a nossa, com mais verde que outras capitais como Curitiba”, avalia o representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/CE), Marcílio Bizarria.
Matéria da Jornalista Leda Gonçalves para o Jornal Diário do Nordeste. Vale a pena conferir. Imagem do Bosque e Pólo de Lazer da Sargento Hermínio, instituído em 1979. Arquivo de Imagens Ibi Tupi. Fotografia José Sales.
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