Apesar dos protestos de alguns artesãos da feirinha da Beira-Mar, a decisão já foi tomada: ao longo deste mês, os 279 artesãos cadastrados semana passada pela Secretaria Executiva Regional (SER) II serão transferidos para a Praça Cristo Redentor, no Centro. Em meio ao burburinho sobre a qualificação do local como camelódromo, a chefe do Distrito de Controle Urbano e Meio Ambiente da SER II, Mércia Albuquerque, deixa claro que "camelôs, ambulantes e piratas não serão permitidos na praça de modo algum".Segundo Mércia, a recomendação do Ministério Público federal e estadual é irrevogável, e a infra-estrutura da nova feira já está sendo montada. "Os artesãos poderão trabalhar com o reconhecimento legal da Prefeitura. Será o local destinado a uma feira séria. Não teremos comércio ambulante por perto, muito menos camelôs".
Desde 2002, o Município tenta impedir o trabalho de artesãos considerados "avulsos" no Pólo Artesanal da Beira-Mar. Dos cerca de 1.200 profissionais, 547 não possuíam permissão para atuar lá. Desses, somente 279 passaram por curadoria, na semana passada, e terão acesso ao espaço do artesanato na Praça Cristo Redentor.
Sobre a Lei Orgânica do Município, que proíbe concessão de uso de espaços públicos, Mércia diz que o decreto garante à gestão municipal a possibilidade de decidir como atuará. Outra ressalva que faz é sobre a concorrência com as lojas da Avenida Monsenhor Tabosa. "Não precisa de alarde. A feira funcionará em horário distinto", explica.
Já a presidente do Sindicato dos Artesãos Autônomos do Ceará (Siara), Marie Araújo, acredita que a transferência trará resposta positiva aos trabalhadores. "O artesanato faz parte da cadeia produtiva do Ceará e tem uma importância fundamental para o turismo. É preciso, sim, um espaço próprio".
Matéria do Jornal Diário do Nordeste. Vale a pensa conferir.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
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