domingo, 20 de setembro de 2009


"Eu posso te dizer que, em 35 anos de experiência nessa área, jamais percebi tanto interesse. Nós somos assediados por vários candidatos, todos querendo se engajar. Isso cresceu tanto que, hoje, o cara que associar o nome às causas ambientais ganha um diferencial``, avalia o diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani.

O assunto ganhou tanta visibilidade que foi parar até mesmo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - carro-chefe do Governo Federal. Após a saída de Marina Silva do PT, Lula decidiu encomendar uma espécie de PAC Ambiental, que poderá ser usado palanques a fora por sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff.


A nova versão do Programa consiste em um plano de desenvolvimento sustentável com foco na Amazônia, com ações que se estendem pelos próximos anos. O assunto também parece ser levado a sério pelo setor econômico. Em agosto, pela primeira vez na história do País, um grupo de 22 grandes empresas brasileiras - dentre elas, Vale, Pão de Açúcar, Votorantim e Odebrecht - encaminharam ao presidente Lula (PT) uma ``Carta Aberta ao Brasil Sobre Mudanças Climáticas``, na qual se comprometem a implementar ações para reduzir as emissões de CO² em suas atividades, cobrando também do Governo medidas mais enérgicas para o setor. "Essa vai ser a nova regra do jogo. Quem não estiver dentro, não vai vender", alerta o representante do Greenpeace no Brasil, Sérgio Leitão, ampliando o raio de interesse do tema.

Da mesma reportagem. Vista aérea do Canyon de Cachoeira de Missão Velha/ Geotope Devoniano do Geopark Araripe, no Sul do Estado do Ceará. Fotografia aérea de Daniel Roman. Arquivo Ibi Tupi. Direitos autorais reservados.

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