"Eu posso te dizer que, em 35 anos de experiência nessa área, jamais percebi tanto interesse. Nós somos assediados por vários candidatos, todos querendo se engajar. Isso cresceu tanto que, hoje, o cara que associar o nome às causas ambientais ganha um diferencial``, avalia o diretor da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani.
O assunto ganhou tanta visibilidade que foi parar até mesmo no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - carro-chefe do Governo Federal. Após a saída de Marina Silva do PT, Lula decidiu encomendar uma espécie de PAC Ambiental, que poderá ser usado palanques a fora por sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff.
A nova versão do Programa consiste em um plano de desenvolvimento sustentável com foco na Amazônia, com ações que se estendem pelos próximos anos. O assunto também parece ser levado a sério pelo setor econômico. Em agosto, pela primeira vez na história do País, um grupo de 22 grandes empresas brasileiras - dentre elas, Vale, Pão de Açúcar, Votorantim e Odebrecht - encaminharam ao presidente Lula (PT) uma ``Carta Aberta ao Brasil Sobre Mudanças Climáticas``, na qual se comprometem a implementar ações para reduzir as emissões de CO² em suas atividades, cobrando também do Governo medidas mais enérgicas para o setor. "Essa vai ser a nova regra do jogo. Quem não estiver dentro, não vai vender", alerta o representante do Greenpeace no Brasil, Sérgio Leitão, ampliando o raio de interesse do tema.
Da mesma reportagem. Vista aérea do Canyon de Cachoeira de Missão Velha/ Geotope Devoniano do Geopark Araripe, no Sul do Estado do Ceará. Fotografia aérea de Daniel Roman. Arquivo Ibi Tupi. Direitos autorais reservados.
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