quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Acessibilidade em Fortaleza: uma expressao inexistente

Na avenida Dom Luís, os shoppings ainda oferecem um passeio decente. O calçadão garante a circulação livre e contínua do pedestre, os carros parados ficam atrás. O último shopping construído na área fez até rampa de acesso para cadeirante com sinalização impecável, mas saindo dali a acessibilidade é zero. As lojas ignoram a legislação municipal. O que deveria ser calçada é apenas acesso para o comércio. Uma das chiques, com fachada preta e seguranças, plantou palmeiras e construiu um acesso de granito em três níveis. Muito bonito, mas nem um pouco funcional. Não sobra espaço para o pedestre.

Os lojistas encaram o que deveria ser calçada como extensão do imóvel, espaço decorativo, estacionamento para clientes. “Como é que eu passo aqui com um carrinho de criança?”, pergunta o turista carioca Hélio Ricardo, 40. “O próprio lojista perde porque não tem como passear tranqüilo”. Os shoppings têm como vantagem a compra por impulso no flerte com as vitrines, as lojas da Dom Luís, da Santos Dumont e arredores não podem contar com isso. Não dá para flanar.

Da mesma reportagem de Mariana Toniatti, no jornal O Povo de hoje, 15 de janeiro de 2009.

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