Aproximadamente mais de dez mil famílias convivem com o lixo, falta de saneamento ambiental, mau cheiro e ameaça de doenças transmissíveis. Um cenário terrível de lixo para aonde quer que se olhe, dejetos, mau cheiro, ratos, mosquitos, alto índice de doenças respiratórias e de pele e uma desesperança que dá pena.
Parece um filme de horror, mas não é. Esse é o cotidiano de dez mil famílias moradoras do entorno do Rio Maranguapinho.Em época de verão, a convivência com o pior é quase considerada “normal”. Enquanto esperam o cumprimento das promessas governamentais de uma vida mais digna, vão empurrando o dia-a-dia com a barriga. O pesadelo mesmo começa com a chegada do período chuvoso.
Sai ano e entra ano e a situação não muda. As promessas que aparece na época das eleições são esquecidas logo mais. E os próprios moradores não tem como aliviar a situação. Eles mesmo dão um jeito de piorar o quadro jogando lixo no “quintal de casa” que é as margens do rio. “Não adianta pedir. O pessoal não liga e todos pagam por isso”, afirma a dona-de-casa Marinete Maria da Silva.
No Canindezinho, no Parque Jerusalém I e II, a realidade é a mesma. Lixo, ocupação desordenada, doenças, violência e um pavor coletivo das 690 famílias com as chuvas. “As pessoas não fazem nada para melhorar a vida por aqui”, reflete o aposentado Ivo Abreu Ferreira, de 67 anos.E a Defesa Civil do Município se prepara para isso. O coordenador geral do órgão, Alísio Santiago, reconhece que a preocupação é de todos. A previsão é de que chova mais do que em 2008, quando foram registrados 1.509,9 milímetros entre fevereiro e junho.
Reportagem da Jornalista Leda Gonçalves, do Jornal Diário do Nordeste, com data de hoje, 07 de Dezembro de 2009. Fotografia de Kid Júnior. Reprodução unicamente para divulgação Direitos autorais preservados.
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