quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Lixo no Maranguapinho preocupa os moradores


Aproximadamente mais de dez mil famílias convivem com o lixo, falta de saneamento ambiental, mau cheiro e ameaça de doenças transmissíveis. Um cenário terrível de lixo para aonde quer que se olhe, dejetos, mau cheiro, ratos, mosquitos, alto índice de doenças respiratórias e de pele e uma desesperança que dá pena.


Parece um filme de horror, mas não é. Esse é o cotidiano de dez mil famílias moradoras do entorno do Rio Maranguapinho.Em época de verão, a convivência com o pior é quase considerada “normal”. Enquanto esperam o cumprimento das promessas governamentais de uma vida mais digna, vão empurrando o dia-a-dia com a barriga. O pesadelo mesmo começa com a chegada do período chuvoso.


Sai ano e entra ano e a situação não muda. As promessas que aparece na época das eleições são esquecidas logo mais. E os próprios moradores não tem como aliviar a situação. Eles mesmo dão um jeito de piorar o quadro jogando lixo no “quintal de casa” que é as margens do rio. “Não adianta pedir. O pessoal não liga e todos pagam por isso”, afirma a dona-de-casa Marinete Maria da Silva.


No Canindezinho, no Parque Jerusalém I e II, a realidade é a mesma. Lixo, ocupação desordenada, doenças, violência e um pavor coletivo das 690 famílias com as chuvas. “As pessoas não fazem nada para melhorar a vida por aqui”, reflete o aposentado Ivo Abreu Ferreira, de 67 anos.E a Defesa Civil do Município se prepara para isso. O coordenador geral do órgão, Alísio Santiago, reconhece que a preocupação é de todos. A previsão é de que chova mais do que em 2008, quando foram registrados 1.509,9 milímetros entre fevereiro e junho.
Reportagem da Jornalista Leda Gonçalves, do Jornal Diário do Nordeste, com data de hoje, 07 de Dezembro de 2009. Fotografia de Kid Júnior. Reprodução unicamente para divulgação Direitos autorais preservados.

Nenhum comentário: