quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

UECE e CAGECE vão monitorar rios de Fortaleza


Com o objetivo avaliar a redução da poluição a partir da implementação do PROJETO SANEARS II, a CAGECE/ Companhia de Água e Esgoto do Ceará e a UECE/ Universidade Estadual do Ceará (Uece) firmaram um convênio de monitoramento da qualidade da água de rios e mar. Ontem, foi a primeira reunião após a assinatura do acordo, que ocorreu em 10 de dezembro do ano passado.


De acordo com a supervisora socioambiental do Programa SANEAR II, Rosana Fernandes, até 2.013 a Uece fará coletas trimestrais em pontos estratégicos na bacia dos rios Maranguapinho e Rio Cocó. Além disso, os dados da Semace sobre as praias de Fortaleza serão transformados em certificado. Dez galerias pluviais também serão incluídas na pesquisa.


“Um grande problema da poluição de rios em Fortaleza é a ocupação desordenada da cidade, que tem como conseqüência os esgotos clandestinos. Com o estudo, teremos ajuda para identificar onde fontes de poluição mais acontecem”, afirma Rosana.Segundo ela, este é o primeiro estudo científico realizado sobre a melhoria da qualidade da água e da vida das pessoas após um programa como o Sanear II. A supervisora explica que os pesquisadores da UECE vão observar três indicadores, como a qualidade da água, o índice de estado trófico e a qualidade ambiental das praias.


A coordenadora técnica do convênio e professora colaboradora da UECE, Lidriana Pinheiro, que é geógrafa e tem doutorado em Oceanografia, explicou que este acordo nasceu de um primeiro diagnóstico feito pela Universidade em 2008. “Nós acreditamos que a pesquisa ajudará a indicar os caminhos para atingir um dos objetivo do Sanear II, que é reduzir a poluição”, diz.


A coordenadora afirma que serão verificadas as condições das bacias do ponto de vista da poluição e eutrofização. Ela adianta que os principais problemas dos rios Maranguapinho e Cocó ocorrem por esgoto clandestino, mas destaca que há problemas gerados também por criações de animais (currais de porcos e gado) nas margens dos riachos, além dos dejetos de indústrias.


Lidriana explica que a CAGECE precisa ter um cuidado grande com o esgoto porque os rios de Fortaleza não têm boa capacidade de diluição. “Os rios praticamente só correm durante três meses. Por isso, a CAGECE tem que tirar o excesso do esgoto”, comenta.


A coleta será feita a cada três meses com sondas específicas. “Vão ser nove pontos no Rio Maranguapinho, pegando áreas de adensamento urbano, próximas a estações e as mais conservadas. No Cocó, serão sete pontos e alguns deles já foram monitorados no passado”, diz. Pelo levantamento já feito pela equipe, a área mais crítica da Capital é o trecho do Rio Maranguapinho que passa pela Granja Portugal e Henrique Jorge.


Reportagem do jornal Diário do Nordeste de hoje. Reproduzida unicamente para divulgação.

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