Na época, construídos com a mesma finalidade do Cuca que será inaugurado em breve, são estes oito Centros Sociais construídos em Fortaleza. A maioria começou a ser instalado em meados da década de 70. Mas, com o tempo, a idéia perdeu força e identidade e, no Ceará, esses espaços passaram a se chamar Centro de Cidadania. O passar dos anos também resultou na deterioração das estruturas, assim como no desvio das suas funções. A maioria hoje é utilizada para fins burocráticos.
É o caso do Centro Social Urbano Virgílio Távora, localizado na Rua Monsenhor Hélio, no Pirambu. Inaugurado em 1981, hoje reflete abandono e desprestígio. O antigo teatro está fechado e com pisos arrancados. A cobertura da quadra de esportes foi arrancada, os banheiros destruídos e as travas de futebol retiradas, para evitar furtos.
O coordenador do Centro Virgílio Távora, Gineton Rodrigues Laureano, lembra que a decadência do lugar está associada, acima de tudo, desprezo da própria comunidade, que não se apropriou do equipamento e exigiu do poder público melhorias. Aliado a isso, conta, houve a disseminação do crack, aumentando os índices de furtos e roubos por parte dos jovens. Para piorar, não há mais vigias, sendo a entrada acessível a todos.
O Centro de Cidadania Lúcio Alcântara, no Conjunto Ceará, também se restringe hoje a atendimentos burocráticos. Lá, não há mais espaços para atividades esportivas. Pessoas que freqüentam o local afirmam que as piscinas estão vazias e há a necessidade de um retelhamento. Informação confirmada pela assessoria de imprensa da Regional V.
A reportagem do Diário do Nordeste não teve acesso às instalações internas do Centro Lúcio Alcântara. Também no âmbito da Regional V, o Centro Social Adauto Bezerra, no Conjunto José Walter, revela claros sinais de abandono.Não existe mais a horta comunitária, que servia de modelo às comunidades que moram no entorno para a produção caseira de legumes e verduras. As piscinas não funcionam em tempo integral e boa parte do uso é para a hidroginástica.
A diretora do Centro Adauto Bezerra, Antônia Neudina Paiva Soares, reconhece que foram muitas as gestões municipais deixaram de investir nos centros sociais, mas não concorda com a figura do sucateamento. Segundo ela, muitas ações sociais estão sendo prestadas para o José Walter e bairros adjacentes, como Maraponga, Conjunto Genibaú, Mondubim, Planalto Airton Sena e Aracapé.
Reportagem do Diário do Nordeste e com a palavra a atual Gestão Municipal de Fortaleza.
domingo, 23 de agosto de 2009
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