Tal qual proposta ao Rio Maranguapinho, recém apresentada na imprensa pela Secretaria das Cidades e SEMACE, a solução de dragagem também indicada ao caso do Rio Cocó, é potencialmente mais destrutiva neste segundo caso, por conta tratar-se de área de manguezal em situação de notória fragilidade ambiental. Ao se interferir com grandes obras de engenharia que incluem a dragagem do rio e aprofundamento do seu leito, removendo todos os nutrientes existentes naquela situação alterando - se a equilíbrio ambiental daquele ecossistema, esta brutal intervenção convalida de um processo de destruição inexorável desta reserva natural que é a base do sistema de drenagem natural de 60% do território municipal e tem também a função de manter as características do clima em Fortaleza.
A solução de requalificação ambiental urbana da bacia hidrográfica do Rio Cocó e notadamente do seu leito hídrico e situações lindeiras imediatas, há muito esperada e benvinda deveria passa por várias ações de recomposição do ambiente natural que incluem a desde a efetiva delimitação da área de proteção e proteção ambiental, pela obrigatória retirada de ocupações indevidas inclusive de população instaladas em áreas de risco, pela correção de obras urbanas e viárias mal projetadas, pela recomposição da vegetação ribeirinha de suas margens que objetivam o reequilibrio do ecossistema. Uma proposta de engenharia, desafasada tecnicamente e nitidamente equivocada de simplesmente dragar o leito do rio vai de encontro a qualquer direção de bom senso e qualidade técnica.
Com a palavra os órgãos ambientais e o COEMA.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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