domingo, 16 de agosto de 2009

Meio ambiente e favela

O povoamento de metrópoles desprovidas de suficiente infra-estrutura, associado ao aumento da pobreza e do desemprego formal nas últimas décadas, são alguns dos motivos da expansão de favelas no Brasil, diz professor Abiko em seu mais recente trabalho sobre o tema, “Urbanização de Favelas: procedimentos de gestão”. A falta de infra-estrutura, por sua vez, traz consigo graves problemas ambientais, como ocupações irregulares em áreas importantes para a conservação, falta de saneamento básico, contaminação de leitos d’água, deposição irregular de resíduos sólidos, mudança do sistema de drenagem das chuvas, entre outros.

A repetição deste modelo de urbanização, iniciada em São Paulo da década de 1970, por exemplo, é alimentada por complexos fatores, como vulnerabilidade social, modelo de desenvolvimento adotado pelo país e vários outros que todos sabem de cor. Todos eles agravados pela negligência dos governos locais. “O poder público é o grande responsável pelo processo de favelização no Brasil porque é omisso”, defende Abiko.

Os moradores da favela, por sua vez, têm outros problemas mais urgentes para resolver antes de pensar em meio ambiente, diz o professor. Dado curioso e revelador em relação a isso é a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Ibope e Instituto Trata Brasil: 31% da população brasileira não sabem o que é saneamento básico.

Fonte O ECO em matéria de Cristiane Prizibisczki http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/22286-o-perfil-da-nossa-urbanidade. Vale a pena conferir, acessando os mapas disponíveis.

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